Nasci no dia onze
De novembro
Depois das onze.
Por negligência
De um povo insano
Nasci na sala de espera.
Desde cedo
Aprendi a apanhar
Mas meu coração inda bate.
Sou um marginal
Que se intregou
A esse mundo cão.
Insano, fescenino
Me prendi aos erros
Do meu mundo libertino.
Perdi o caráter
Minha procedência
Perdi a vergonha.
Perdi até o medo
De dizer a verdade
Mas não perco o controle.
Tudo se perdeu
Quando perdi minha virgindade.