As meia-noites são mais curtas que os meio-dias, o primeiro dia de janeiro é igual ao último de dezembro. E todos os dias parecem ser iguais...
O ano novo não é um recomeço, é apenas a continuidade de uma história muito antiga que eu nem sei como ou quando começou.
Sonhar nunca me fez mal, nem sei qual é o sentido da realidade, nem vou perder o meu pouco tempo tentando decifrá-lo.
Muitas portas já se fecharam, mas além do horizonte existem novas chances e segundas chamadas.
Não escondi a verdade com a intenção de ser hipócrita ou dissimulado, queria apenas evitar mágoas desnecessárias.
As pedras no caminho nunca me incomodaram, mas nem por isso vou me descuidar, pois eu sei que as pedras que ainda virão podem ser bem maiores.
Às vezes fugir parece ser a melhor opção, mas quando vejo tudo o que já fiz aqui, sinto vontade de ficar.
Não sinto pena dos suicidas, pois eles foram covardes o suficiente para desistirem da vida.
Tenho cuidado para não perder o controle, pois sei que o maior erro dos dinossauros foi querer aparecer demais, e o preço que eles pagaram foi muito alto.
Não tenha medo de mim, só sei fazer males a mim mesmo.
Riscar o fósforo é fácil, soprar a vela (dependendo da situação) é muito difícil.
Apesar de ser alegre, tenho meus momentos de melancolia, por isso, quando me ver triste, por favor, me deixa em paz.
Quando você ta de “saco cheio” eu não tiro a sua razão, mas não quero que seja cruel ou me ataque com sua acidez, pois isso não vai fazer você se sentir melhor.
Por que esse espanto? É óbvio que as orcas atacam, não é a toa que elas são chamadas de baleias assassinas.
Quando você diz que amadureceu, está enganando a si mesmo, pois eu vejo a infantilidade dos seus atos.
Não vou esperar que a pessoa ideal pra mim caia no meu colo, nem vou correr atrás de gente que não me merece.
Estou “cagando” pra o que você pensa de mim, pois sou consciente em meus atos e sei que você não me conhece suficientemente bem pra me julgar desse jeito.
Parei de chorar, pois o simples ato de derramar lágrimas, não vai mudar minha vida.
Não quero que você sinta pena de mim, pois eu não sou o “pobre coitado” que você idealizou.
Saiba que não sinto raiva pelos julgamentos que você faz, no fundo eu sei que um dia você também será julgado.
Posso até ser explicito, mas tenho foco em minhas idéias, se eu pareço confuso, é você quem fez a confusão.
Palavras bonitas embelezam o texto, mas o conteúdo principal está exposto nas minhas idéias simples e humildemente geniais.
Vou confessar uma coisa...
...Não sou poeta e já me cansei de tanta hipocrisia.
(Rayonne de Sousa 10/03/09)